sexta-feira, 7 de junho de 2013

Após acusações de Jade, CBG usa resultados para defender imagem

A lesão no punho direito de Jade Barbosa abriu o caminho para inúmeras críticas à direção da CBG (Confederação Brasileira de Ginástica). Alvo de acusações que vão de erro na dosagem da medicação a maus tratos à atleta carioca, a entidade utiliza os resultados recentes da modalidade para defender a imagem.

"A confederação não é entidade aventureira. A seleção olímpica permanente foi criada em 2002 e desde então estamos em constante evolução. Você acha que é uma confederação que é negligente vai crescer desta maneira? Obtivemos conquistas expressivas em função de trabalho sério. Os resultados estão aí para mostrar isso", afirmou Eliane Martins, coordenadora da CBG.

As principais conquistas recentes do Brasil na modalidade incluem o quinto lugar da equipe feminina no Mundial de 2007, disputado na Alemanha - o melhor resultado do país na história da competição - e a primeira participação em uma final olímpica, obtida nos Jogos de Pequim.

Individualmente, Daiane dos Santos foi a primeira ginasta do país a conquistar um ouro em Mundiais. O feito da gaúcha foi em 2003 no solo, sua especialidade. Ainda no feminino, Jade Barbosa terminou o ano de 2007 como o principal nome da ginástica brasileira, ao obter o bronze no individual geral no Mundial, além de outras conquistas. No masculino, o grande destaque é Diego Hypólito com o bicampeonato mundial (2005 e 2007) e o vice em 2006.

A coordenadora da CBG ainda fez questão de ressaltar que Jade Barbosa está na seleção permanente desde 2005 e, neste período, nunca houve desentendimentos entre ambas as partes.

"Durante todo esse período a confederação foi negligente e só agora é cobrada? Se a ginasta não era bem atendida e não tinha tratamento adequado, não ficaria aqui em Curitiba com a gente. Se for ver, a performance e desempenho dela sempre cresceram", defendeu Eliane.

Os atritos da família Barbosa com a confederação não são novidade. César, pai da ginasta, já havia falado sobre o problema de salários da filha. Mas desta vez foi Jade quem acusou a entidade.

Além de dizer que a medicação receitada para aliviar as dores no punho causava vômitos e fraqueza, a atleta carioca afirmou ao jornal Folha de S.Paulo que era proibida de beber água, tendo que recorrer ao chuveiro para se hidratar.

"Não existe proibição de tomar água. O que existe é que as meninas exageram. Durante o treinamento tinham o hábito de beber muita água. O que realmente existe é uma recomendação para não tomar água em excesso durante o trabalho", explicou Eliane.
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